segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Formas de Relevo

Planaltos:

Os planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados. Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Para ser um planalto devera ter pelo menos mais de 300m de altitude. E terá que ser desta forma -->








Planície:

É uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de sedimentos.Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal.
Para ser uma planície deve ter menos de 300m e deve ter esta forma -->






Depressões:

As depressões são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta. Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas. As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos nas depressões.Exemplo: Depressão Sul Amazônica
Sua forma é desta maneira -->












Montanhas:


As montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o impacto acabam se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de dobramentos. Grandes partes deste tipo de montanhas formaram-se na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por vulcões.
As altitudes das montanhas são superiores as das regiões vizinhas. Quando ocorre um conjunto de montanhas, chamamos de cordilheira.Exemplos: Aconcágua (Argentina), Pico da Neblina (Brasil), Logan (Canadá), Kilimanjaro (Tanzânia), Monte Everest (Nepal, China), Monte K2 (Paquistão, China), Monte Blanco (França, Itália).


Vulcanismo:


Chamamos de vulcanismo os fatos e fenômenos geográficos relacionados com as atividades vulcânicas, através dos quais o magma do interior da terra chega à superfície. Nos pontos de contato entre diferentes placas, onde a crosta terrestre é menos estável, ocorrem erupções vulcânicas. As erupções vulcânicas formam o edifício vulcânico, que é uma montanha onde se distinguem a cratera e a chaminé vulcânica. A cratera é a boca do edifício formada pela explosão.
Pela chaminé vulcânica, o magma (sob a forma de lava vulcânica), gases, cinzas, e lapilli, procedentes do interior da terra, atingem a superfície. Portanto, o topo da chaminé nada mais é do que a cratera vulcânica, como pode se vir na figura (anexos). É preciso lembrar que as erupções vulcânicas não ocorrem só na terra. Ocorrem também nos oceanos. São as chamadas erupções submarinas. A pouca profundidade, elas são explosivas. Nesse caso, cinzas e fragmentos de lava atingem grande altitude e se tornam visíveis acima do nível do mar.
As maiores profundidades, a pressão da água oceânica não permite erupções explosivas. Nos dois casos, a água faz as lavas esfriarem rapidamente. Nas áreas onde ocorreram erupções vulcânicas, formam-se planaltos basálticos. É por isso que geralmente essas áreas são densamente povoadas. Os solos que resultam da decomposição das rochas vulcânicas são muito férteis. O que sempre atraiu o ser humano em sua luta pela sobrevivência.
Isso explica também por que até hoje existem áreas muito povoadas nas proximidades de vulcões, como na região de Mérapi, na Indonésia. Distribuição geográfica dos vulcões pelo mundo: Círculo de fogo do pacífico: concentra cerca de 80% dos vulcões e forma um alinhamento que vai desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, passando pelas Costas Ocidentais da América do Norte e pelo Japão. Círculo de fogo do Atlântico: abrange a América Central, Antilhas, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo, Cáucaso e Porção Oriental da África.










Relevo Submarino:

Neste tipo de relevo podemos diferenciar:

Plataforma Continental:

É a estrutura geológica continental abaixo do nível do mar. Apresenta uma profundidade razoável, contribuindo para que se desenvolva vegetação marinha e conseqüentemente o desenvolvimento de atividade pesqueira. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano.
Talude Continental:

Onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, com inclinação de profundidade que podem chegar a 3mil metros.
Região pelágica:

É o relevo submarino onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcanismo. Podendo atingir a 6 mil metros abaixo do mar.
Agentes esculpidores:

São os fenômenos de grande importância na transformação do relevo terrestre. São chamados de agentes de erosão ou esculturais.
Fatores como: tipo de relevo, natureza das rochas, das águas, presença do homem ou animais e clima, influenciam na intensidade das ações desses agentes esculturais.
Esses fenômenos têm ação lenta, mas constante. São fenômenos da atmosfera, biosfera e hidrosfera.
Intemperismo:

Ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as rochas.
O intemperismo físico é a desagregação das rochas por agentes físicos e biológicos.
A temperatura do ar e a água são gentes físicos. Por exemplo: as rochas estão superaquecidas, pelo calor do sol, daí são resfriadas bruscamente pelas chuvas, dessa forma ocorre a desagregação das rochas. Isto ocorre intensamente nas regiões de clima áridos, aonde predomina rochas sedimentares detríticas.
Exemplo de intemperismo físico causado por um agente biológico: o crescimento de raízes grandes (mangueira) causa ondulações no terreno podendo comprometer algumas edificações.
O intemperismo químico é a decomposição das rochas por agentes químicos e biológicos, por exemplo, formação das cavernas.
A matéria orgânica produz substâncias que causam a decomposição das rochas, é, portanto, um exemplo de intemperismo químico.
Solo:

É o resultado da ação do intemperismo nas rochas. Todo solo tem condições de vida vegetal, pois adquire porosidade e como decorrência, há penetração de ar e água.
O solo, portanto, é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica que formam um manto de intemperismo que recobrem superficialmente a crosta terrestre.
Tipos de Solo:
Expostas as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha produz um tipo de solo diferente; mas de acordo com a origem podemos classificar:
- eluviais: quando formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo, quer dizer, o solo foi formado no local onde se encontra. Ex. terra-roxa.
- aluviais: são formados pela ação dos agentes naturais de transporte (rios, vento, etc.) Ex. solos de várzea.
- orgânicos: são formados a partir de matéria orgânica, por isso são férteis e tem alto valor agrícola. Ex. solos humíferos.
Quanto à estrutura os solos podem ser: argilosos, arenosos ou argilo-arenosos.
Os solos de clima tropical sofrem grandes problemas com a erosão, lixiviação e a laterização.
A laterização é o surgimento de uma crosta ferruginosa, formada pela decomposição das rochas com precipitação dos óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro, que acaba com a fertilidade do solo. A lixiviação é a lavagem da parte superficial do solo, onde se encontra os nutrientes, e retirada dos sais minerais hidrossolúveis, empobrecendo o solo.
No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal agente erosivo. Para combater a erosão superficial é preciso manter o solo recoberto por vegetação ou quebrar a velocidade do escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível.
Erosão e acumulação:

A erosão é o desgaste das rochas e do solo feito pelas águas, ventos, animais e o homem.
Em toda erosão, segue-se o transporte e a acumulação dos sedimentos retirados. Em geral, a erosão é mais freqüente nos lugares altos e a acumulação nos baixos.
Erosão e acumulação em regiões geladas:
Ocorre quando grandes blocos de gelo se desprendem e descem montanha abaixo, formando grande vales.
Todo gelo, neve e sedimentos das rochas que são levados pelos blocos de gelo ficam acumulados nos sopés das montanhas formando as morainas.
Erosão e acumulação eólica:

A erosão através do vento é bem comum, e pode fazer formas bastante pitorescas, como em formas de ‘taças’ e ‘cogumelos’.
O vento pode criar varias formas de relevo através de acumulação de areia, como as dunas. Estas surgem bem freqüentemente em praias e desertos, aonde a areia é abundante.
A erosão eólica pode ser:
- deflação: os ventos varrem as areias.
- corrosão: fazendo um certo lixamento, atirando partículas contra um obstáculo.
Erosão Marinha:

Age tanto no sentido de construir como de destruir as formas de relevo. Praia é um exemplo do primeiro caso.
- restinga: é a acumulação feita nas entradas das baías, formando-se lagoas costeiras.
- recife: acumulação de carapaças de animais marinhos, antigas praias e restingas que se consolidaram em rocha sedimentar, próxima à praia, diminuindo a ação das ondas. O recife pode ser de origem arenosa ou de coral (biológica).
- ilhas oceânicas: são geralmente de origem vulcânica ou cumes do relevo submarino (como se fossem montadas em alto mar). Aparecem em meio oceano, sem ligação direta com o continente.